Mutarelli volta aos quadrinhos com tragédia familiar e ETs
A boa notícia do ano vem do blog da editora Companhia das Letras. Lourenço Mutarelli volta aos quadrinhos em uma graphic Novel chamada Quando meu pai se encontrou com o ET fazia um dia quente! O livro estará nas lojas a partir do próximo dia 6 de dezembro.
Confira a sinopse oficial e veja imagens do preview que depois eu comento:
"Uma tragédia interrompe o casamento antediluviano de um aposentado da Companhia Telefônica, acostumado a passar o tempo colecionando fotos antigas e consertando máquinas de costura e de escrever. A morte da mulher, golpeada por uma pedra arremessada por um ônibus, abala de tal modo aquela vida metódica que o homem perde o prumo e passa a oscilar entre a depressão e a violência. Para resgatá-lo do luto e da solidão, o irmão do viúvo o convida para uma pescaria.
Mas o agradável passeio familiar aos poucos é tomado por uma série de acontecimentos estranhos e inusitados, que começa com o desaparecimento do próprio viúvo. Alguns dias depois, o homem é encontrado, e sua sanidade é posta à prova quando o relato do que fez durante aqueles dias passa a incluir personagens como um ET e os habitantes boêmios de um barco estacionado num riacho seco.
O que acontece quando uma vida pacata e previsível sai dos trilhos? Essa parece ser uma das questões que dominam as obras recentes de Lourenço Mutarelli. Depois de anos afastado dos quadrinhos, e da grande insistência dos fãs, o autor volta com a história de um filho que resolve narrar os dias de luto do pai. Urdida com a economia de palavras e a fartura de silêncios que são marca registrada de Mutarelli, a trama espetacular e quase surreal deste livro é realçada pela construção cinematográfica e por imagens deslumbrantes, feitas de tinta acrílica em tons que ajudam a reforçar o clima de desolação.
Quando meu pai se encontrou com o ET fazia um dia quente também experimenta com a linguagem tradicional das histórias em quadrinhos ao fazer com que cada quadro da história ocupe uma página inteira, tamanha sua riqueza gráfica. Não bastasse a ousadia visual, Mutarelli também organiza as imagens de forma a que não sigam rigorosamente a história que está sendo narrada, criando um quebra-cabeça que exige a participação ativa da inteligência do leitor."
Confira a sinopse oficial e veja imagens do preview que depois eu comento:
"Uma tragédia interrompe o casamento antediluviano de um aposentado da Companhia Telefônica, acostumado a passar o tempo colecionando fotos antigas e consertando máquinas de costura e de escrever. A morte da mulher, golpeada por uma pedra arremessada por um ônibus, abala de tal modo aquela vida metódica que o homem perde o prumo e passa a oscilar entre a depressão e a violência. Para resgatá-lo do luto e da solidão, o irmão do viúvo o convida para uma pescaria.
Mas o agradável passeio familiar aos poucos é tomado por uma série de acontecimentos estranhos e inusitados, que começa com o desaparecimento do próprio viúvo. Alguns dias depois, o homem é encontrado, e sua sanidade é posta à prova quando o relato do que fez durante aqueles dias passa a incluir personagens como um ET e os habitantes boêmios de um barco estacionado num riacho seco.
O que acontece quando uma vida pacata e previsível sai dos trilhos? Essa parece ser uma das questões que dominam as obras recentes de Lourenço Mutarelli. Depois de anos afastado dos quadrinhos, e da grande insistência dos fãs, o autor volta com a história de um filho que resolve narrar os dias de luto do pai. Urdida com a economia de palavras e a fartura de silêncios que são marca registrada de Mutarelli, a trama espetacular e quase surreal deste livro é realçada pela construção cinematográfica e por imagens deslumbrantes, feitas de tinta acrílica em tons que ajudam a reforçar o clima de desolação.
Quando meu pai se encontrou com o ET fazia um dia quente também experimenta com a linguagem tradicional das histórias em quadrinhos ao fazer com que cada quadro da história ocupe uma página inteira, tamanha sua riqueza gráfica. Não bastasse a ousadia visual, Mutarelli também organiza as imagens de forma a que não sigam rigorosamente a história que está sendo narrada, criando um quebra-cabeça que exige a participação ativa da inteligência do leitor."
Bem eu acho que Mutarelli é simplesmente o maior quadrinista brasileiro vivo, pra não dizer um dos maiores artistas brasileiros vivos. Mas algo me decepcionou nessa primeira impressão de seu novo lançamento. Não tenho dúvida de que ele é capaz de um ótimo texto, as pinturas estão com uma qualidade tremenda, belas e comoventes, tão belas e angustiantes quanto as melhores pinturas de um Edvard Munch ou um Lucian Freud, mas não gostei muito da ideia de apenas um quadro por página.
Isto não me parece uma história em quadrinhos, mas um livro ilustrado. Onde estão as sequências, o movimento e a estrutura de uma HQ? Tudo bem, não podemos criticar sem ler, mas desde já acho que estamos diante de um fantástico livro ilustrado e não de uma história em quadrinhos. Mesmo que com certeza seja uma obra-prima.
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Isto não me parece uma história em quadrinhos, mas um livro ilustrado. Onde estão as sequências, o movimento e a estrutura de uma HQ? Tudo bem, não podemos criticar sem ler, mas desde já acho que estamos diante de um fantástico livro ilustrado e não de uma história em quadrinhos. Mesmo que com certeza seja uma obra-prima.
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