Edgar Allan Poe por Alberto Breccia - O Coração Denunciador
Alberto Breccia nasceu no Uruguai em 1919, mudou-se para a Argentina com sua família aos três anos de idade. Em 1938 começou a trabalhar na publicação El Resero, onde escrevia artigos e desenhava capas.
Nos anos 1950 ele se tornou membro honorário de um grupo de artistas italianos que atuavam na Argentina a convite da editora Abril local. Este grupo incluia Hugo Pratt, Ido Pavone, Horacio Lalia, Faustinelli e Ongaro, além dos argentinos Francisco Solano López, Carlo Cruz, Arturo Perez del Castillo e o brasileiro João Mottini.
Seus trabalhos mais importantes foram Ernie Pike, Mort Cinder e Che, em colaboração com Herman Oesterheld. Ele também deu continuação a El Eternauta, de Oesterheld e Solano López.
Eu pesquisava a obra de Breccia na busca dos artistas que ele influenciou nos quadrinhos americanos e descobri esta pequena história. É uma adaptação do conto O Coração Denunciador (The Tell Tale Heart), de Edgar Allan Poe.
Bem, eu sou um fanático por tudo que se faz a partir do trabalho de Poe e já até mostrei alguns quadrinhos aqui. Achei esse trabalho de Breccia simplesmente genial!
Em apenas 11 páginas, este gênio dos quadrinhos executou com maestria um perfeito exercício de narrativa visual. Um trabalho que explora ritmo, som, composição, espaços negativos e vários elementos de forma minimalista. A passagem do tempo é habilmente apresentada através da repetição de quadrinhos em ritmos compassados, o movimento é sugerido com aproximações de enquadramento, elipses e espaços positivos, as expressões são exatas e mínimas e garantem toda a descrição necessária aos personagens, a economia de palavras garante a tensão necessária para uma história de Poe.
Uma aula de como fazer quadrinhos! Não é a toa que Frank Miller afirmou que as histórias em quadrinhos são divididas em antes e depois de Breccia. Continuarei pesquisando!
Nos anos 1950 ele se tornou membro honorário de um grupo de artistas italianos que atuavam na Argentina a convite da editora Abril local. Este grupo incluia Hugo Pratt, Ido Pavone, Horacio Lalia, Faustinelli e Ongaro, além dos argentinos Francisco Solano López, Carlo Cruz, Arturo Perez del Castillo e o brasileiro João Mottini.
Seus trabalhos mais importantes foram Ernie Pike, Mort Cinder e Che, em colaboração com Herman Oesterheld. Ele também deu continuação a El Eternauta, de Oesterheld e Solano López.
Eu pesquisava a obra de Breccia na busca dos artistas que ele influenciou nos quadrinhos americanos e descobri esta pequena história. É uma adaptação do conto O Coração Denunciador (The Tell Tale Heart), de Edgar Allan Poe.
Bem, eu sou um fanático por tudo que se faz a partir do trabalho de Poe e já até mostrei alguns quadrinhos aqui. Achei esse trabalho de Breccia simplesmente genial!
Em apenas 11 páginas, este gênio dos quadrinhos executou com maestria um perfeito exercício de narrativa visual. Um trabalho que explora ritmo, som, composição, espaços negativos e vários elementos de forma minimalista. A passagem do tempo é habilmente apresentada através da repetição de quadrinhos em ritmos compassados, o movimento é sugerido com aproximações de enquadramento, elipses e espaços positivos, as expressões são exatas e mínimas e garantem toda a descrição necessária aos personagens, a economia de palavras garante a tensão necessária para uma história de Poe.
Uma aula de como fazer quadrinhos! Não é a toa que Frank Miller afirmou que as histórias em quadrinhos são divididas em antes e depois de Breccia. Continuarei pesquisando!
2 Comentários:
Mauro, "exilado" é um termo com denotação política. Pratt e os demais italianos foram contratados pela Abril argentina para irem trabalhar no gigantesco mercado de quadrinhos de lá, que se expandia durante os anos 50. Outro desenhista que foi pra lá e teve grande êxito - foi muito amigo de Breccia e Pratt inclusive- foi o brasileiro João Mottini. Tu pode conhecer um pouco mais dessa história no site que fiz pra ele: www.joaomottini.com
Ta certo Rodrigo, já corrigi o texto! Obrigado!
Postar um comentário
Deixe a sua opinião, sem ofensas, por favor.