Local, de Brian Wood, conta dramas reais - Mas e daí ?
Acredito que em 1940, no auge da Era de Ouro dos quadrinhos americanos, se alguém sequer mencionasse a ideia de lançar uma autobiografia ou uma história de cunho biográfico em quadrinhos, com uma valorização de elementos do cotidiano e dramas pessoais, seria ridicularizado. Os quadrinhos americanos serviam à aventura, fantasia, ficção científica, terror e escapismo. O máximo que se aproximavam do cotidiano era nas histórias policiais, com o relato de crimes verdadeiros, mas sempre com um fundo moral.
Derivados de uma literatura menor, a chamada pulp fiction, os quadrinhos não tratariam jamais dos assuntos da verdadeira literatura, o cotidiano pertencia ao rol de temas daquela grande arte. Os dramas de uma pessoa comum ficavam implícitos nas histórias de fantasia, entre os aventureiros mascarados, detetives, guerreiros interestelares, super-heróis e conquistadores, ou serviam as sátiras, em tiras publicadas em jornais, mas sempre de forma muito superficial. Ler uma HQ sobre a rotina de alguém era inconcebível.
A mudança, como mostrei no artigo Uma pequena história dos quadrinhos autobiográficos, veio nos anos 1960, com os chamados quadrinhos underground. Robert Crumb e sua turma inseriram a própria pessoa como protagonista das histórias e isso se desenvolveu até chegar a uma história em quadrinhos mais intimista, biográfica, onde o desenho perde a importância ou se torna singular e o texto segue em uma aproximação da literatura.
Os quadrinhos underground deixaram o meio subversivo e se tornaram obras com status de cult, verdadeiras peças de arte gráfica e literária, adoradas em razão da maior tolerância ás HQs como linguagem de expressão artística, a partir dos anos 1980. Mas se tornando aceito, é lógico que sua forma e conteúdo passaram por modificações. Hoje chamamos esses quadrinhos de "alternativos" e o que os define é a experimentação e o pouco apelo comercial. Hoje, ainda a maior parte deles se concentra em biografias.
Local, de Brian Wood e Ryan Kelly, encaixa-se nessa categoria. A HQ em 12 capítulos foi lançada pela Oni Press, uma editora pequena dos EUA, em 2005/06. A proposta seria mostrar a jovem Megan McKeenan vivendo cada ano de sua vida, dos vinte aos trinta, em uma cidade diferente dos EUA. Todos os anos ela muda de emprego, amigos, namorado, atitude perante a vida, enfim, vai vivendo e aprendendo como todo mundo. As vezes ela é apenas um coadjuvante em histórias de pessoas igualmente comuns.
Se você já teve um namorado(a) noia, vai com certeza se identificar com o primeiro episódio, onde Megan tem de fazer malabarismos pra comprar drogas pra um cara; se já fez parte de uma banda de rock, uma das histórias lhe diz respeito; se já brigou com seu irmão, vai ter a sua parcela de drama noutro episódio da HQ; se já dividiu uma casa com alguém, vai se surpreender com uma história peculiar sobre o tema. E principalmente, se você já viveu em várias cidades diferentes, assim como eu, que vivi em três, certamente que poderá achar Local um fantástico retrato de como o meio nos influencia e de como formamos nossa personalidade a partir dele, ou não.
Em termos artísticos, Ryan Kelly foi a escolha perfeita pra série. Megan é a menina feia, apática e desajustada mais bem representada que já ví. Kelly tem uma linha de pincel nervosa, agressiva e incerta, que evolui com a história. Há uma certa lascívia no tipo de linha que ele cria, nos espaços de preto profundo e alto contraste, e ao mesmo tempo uma certa angústia na inclusão do personagem no meio. Megan muda com as paisagens e elas foram construídas a partir de cenários reais, visitados pelos autores, ou a partir da colaboração dos fãs da série. Mesmo que você não conheça os Estados Unidos, você sente o clima da cidade onde se passa o episódio.
O momentos de drama são narrados visualmente com todos os lábios caídos, lágrimas e olhos tristes que temos direito, todas as sombras que vem de lugar nenhum e mudanças de ângulo propositais e exageradas. O ponto negativo da arte de Kelly é a influência de mangá, com a repetição cansativa de expressões tristes e a forçação de barra na hora de fazer o leitor passar a um estado mais sentimental, tipo pra reconhecer que "ei tem um drama aqui". Nessas horas só falta o desenhista puxar os lábios de Megan até abaixo do pescoço e joga-la no chão, em um moue de dor eterna. Mas levando em consideração que este é um gibi dramático, não é de se surpreender que ele se torne melodramático, com aspectos da arte substituindo o papel da música.
Brian Wood vem com seus temas preferidos: amizade, relacionamentos amorosos, aprendizado e formação do jovem, identidade no meio urbano e todo esse blá blá descolado. Reconheço que ele não é tão piegas aqui, esta HQ tem momentos de sutileza e poesia reais em meio ao melodrama barato que Wood coloca em todos os seus trabalhos. O problema é que seu texto é voltado para quem já viveu situações parecidas, não digo pra quem entende esses códigos, mas pra quem os valoriza.
Ora, qualquer um pode entender uma história de super-heróis, terror, policial, isso é relativamente acessível. Mas uma história sobre uma banda de rock problemática (onde Megan é apenas coadjuvante) só interessa a quem faz parte desse universo conceitual. E não estou falando dos roqueiros, não é preciso ser roqueiro pra entender essa história, porque ela é sobre amizade. A questão é que Wood se fecha em um mundo paralelo, onde vivem as pessoas desajustadas, os perdedores, os sem-norte, os adolescentes em formação, os ... descolados e sua turma! Ele próprio, pelo que eu já percebi, é um escritor confuso, que dá declarações dramáticas sobre sua situação profissional. Daí seu universo ser o dos neuróticos do dia a dia. Mas e se você não for, ou não querer ser, um desses pulhas? Você vai olhar pra Local, e pra diversas HQs parecidas, e dizer "e daí?".
E daí se Megan tá de bode com a vida, com os hábitos dos novos amigos, o empreguinho e a cidade? E daí se ela tem dificuldades pra fazer as coisas que 95% das outras pessoas fazem com toda a facilidade do mundo? E daí se ela tem uma fixação em coisas que poucos pensam e que você nunca pensou? Isso é importante pra mim? O que eu tenho a ver? Isso é enriquecedor, posso compreender mais de mim a partir dessa história? A resposta é não. A história contada por Wood é em parte autocomiseração pura. Pouco ou nada vai me enriquecer, me trazer conhecimento. Ela me consola. E é só.
Local é o tipo de HQ que representa o ponto máximo que uma história pode chegar em termos de realismo. São dramas reais, histórias que poderiam acontecer com qualquier garota dessa idade que viva em lugares parecidos, com pessoas parecidas. Então é realmente adorável saber que alguém lá no país mais desenvolvido do mundo passa pelos mesmos dramas que eu ou você podemos passar aqui ou em outros lugares, isso é realmente muito interessante, mas esse realismo não passa de um consolo.
Isso nos dá um certo alívio da sensação de isolamento que todo ser humano sente naturalmente quando passa por problemas. Mas como a música rock a qual Brian Wood está ligado, que ele cita em todos os capítulos - e que, não por coincidência, também é chamada de "alternativa"- é uma música que destila o sofrimento do artista e se destina só a isso, unicamente consolando o ouvinte, você vai ler essa HQ pra se sentir aceito por sí mesmo, não pra se conhecer mais e, possivelmente, ver coisas que não estão em você e ao seu redor e, talvez, mudar.
O que existe em Local, e não é na HQ em sí mesma, mas em todo este gênero de quadrinhos, que me incomoda, é uma forma perversa de reducionismo. Sempre acreditei que os quadrinhos, ou qualquer forma de arte, poderiam trazer um pouco mais do que o mero sub-rés do chão da vida humana. Quando comecei a ler HQs, desejava conquistar o mundo no espaço entre um quadro e outro e o universo ao virar da página. Eu tinha oito anos. Tava me lixando pros problemas da vida comum.
Mas agora, a mídia que tanto amo, parece que se vê presa ao pequeno, ao pueril, ao fugaz. Os problemas de Megan são aqueles que você vai passar uma vez na vida e depois superar. Focar toda nossa produção de quadrinhos em coisas do tipo é como visitar um país e tirar uma foto do quarto de hotel, e nada mais.
Sei que isso deriva de um conceito de arte, talvez de uma inclinação pessoal do artista, ou talvez eu esteja me referindo apenas a minha experiência, porém, tenho lido muitos quadrinhos desse tipo e noto que, em decorrência de sua ampla aceitação, acontece uma certa subestimação do potencial das HQs, e isso é o que me preocupa. No momento em que o umbigo do artista, ou a conversa do umbigo do artista com o umbigo do leitor, é mais importante, todo o mundo se reduz a um espaço pequeno que só a eles pertence e todo um universo se perde, toda uma conquista deixa de existir.
Os dramas de Megan McKeenan mostrados por Brian Wood e Ryan Kelly em Local seriam muito mais interessantes se em vez de ela viajar por cidades humanas e solitárias, ela vagasse pelo espaço infinito que os quadrinhos proporcionam, entre aventureiros mascarados, detetives, guerreiros interestelares, super-heróis e conquistadores, como era antigamente. Senão, perante tanta mediocridade cotidiana, tudo que tenho a dizer é: e daí?
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Derivados de uma literatura menor, a chamada pulp fiction, os quadrinhos não tratariam jamais dos assuntos da verdadeira literatura, o cotidiano pertencia ao rol de temas daquela grande arte. Os dramas de uma pessoa comum ficavam implícitos nas histórias de fantasia, entre os aventureiros mascarados, detetives, guerreiros interestelares, super-heróis e conquistadores, ou serviam as sátiras, em tiras publicadas em jornais, mas sempre de forma muito superficial. Ler uma HQ sobre a rotina de alguém era inconcebível.
A mudança, como mostrei no artigo Uma pequena história dos quadrinhos autobiográficos, veio nos anos 1960, com os chamados quadrinhos underground. Robert Crumb e sua turma inseriram a própria pessoa como protagonista das histórias e isso se desenvolveu até chegar a uma história em quadrinhos mais intimista, biográfica, onde o desenho perde a importância ou se torna singular e o texto segue em uma aproximação da literatura.
Os quadrinhos underground deixaram o meio subversivo e se tornaram obras com status de cult, verdadeiras peças de arte gráfica e literária, adoradas em razão da maior tolerância ás HQs como linguagem de expressão artística, a partir dos anos 1980. Mas se tornando aceito, é lógico que sua forma e conteúdo passaram por modificações. Hoje chamamos esses quadrinhos de "alternativos" e o que os define é a experimentação e o pouco apelo comercial. Hoje, ainda a maior parte deles se concentra em biografias.
Local, de Brian Wood e Ryan Kelly, encaixa-se nessa categoria. A HQ em 12 capítulos foi lançada pela Oni Press, uma editora pequena dos EUA, em 2005/06. A proposta seria mostrar a jovem Megan McKeenan vivendo cada ano de sua vida, dos vinte aos trinta, em uma cidade diferente dos EUA. Todos os anos ela muda de emprego, amigos, namorado, atitude perante a vida, enfim, vai vivendo e aprendendo como todo mundo. As vezes ela é apenas um coadjuvante em histórias de pessoas igualmente comuns.
Se você já teve um namorado(a) noia, vai com certeza se identificar com o primeiro episódio, onde Megan tem de fazer malabarismos pra comprar drogas pra um cara; se já fez parte de uma banda de rock, uma das histórias lhe diz respeito; se já brigou com seu irmão, vai ter a sua parcela de drama noutro episódio da HQ; se já dividiu uma casa com alguém, vai se surpreender com uma história peculiar sobre o tema. E principalmente, se você já viveu em várias cidades diferentes, assim como eu, que vivi em três, certamente que poderá achar Local um fantástico retrato de como o meio nos influencia e de como formamos nossa personalidade a partir dele, ou não.
Em termos artísticos, Ryan Kelly foi a escolha perfeita pra série. Megan é a menina feia, apática e desajustada mais bem representada que já ví. Kelly tem uma linha de pincel nervosa, agressiva e incerta, que evolui com a história. Há uma certa lascívia no tipo de linha que ele cria, nos espaços de preto profundo e alto contraste, e ao mesmo tempo uma certa angústia na inclusão do personagem no meio. Megan muda com as paisagens e elas foram construídas a partir de cenários reais, visitados pelos autores, ou a partir da colaboração dos fãs da série. Mesmo que você não conheça os Estados Unidos, você sente o clima da cidade onde se passa o episódio.
O momentos de drama são narrados visualmente com todos os lábios caídos, lágrimas e olhos tristes que temos direito, todas as sombras que vem de lugar nenhum e mudanças de ângulo propositais e exageradas. O ponto negativo da arte de Kelly é a influência de mangá, com a repetição cansativa de expressões tristes e a forçação de barra na hora de fazer o leitor passar a um estado mais sentimental, tipo pra reconhecer que "ei tem um drama aqui". Nessas horas só falta o desenhista puxar os lábios de Megan até abaixo do pescoço e joga-la no chão, em um moue de dor eterna. Mas levando em consideração que este é um gibi dramático, não é de se surpreender que ele se torne melodramático, com aspectos da arte substituindo o papel da música.
Brian Wood vem com seus temas preferidos: amizade, relacionamentos amorosos, aprendizado e formação do jovem, identidade no meio urbano e todo esse blá blá descolado. Reconheço que ele não é tão piegas aqui, esta HQ tem momentos de sutileza e poesia reais em meio ao melodrama barato que Wood coloca em todos os seus trabalhos. O problema é que seu texto é voltado para quem já viveu situações parecidas, não digo pra quem entende esses códigos, mas pra quem os valoriza.
Ora, qualquer um pode entender uma história de super-heróis, terror, policial, isso é relativamente acessível. Mas uma história sobre uma banda de rock problemática (onde Megan é apenas coadjuvante) só interessa a quem faz parte desse universo conceitual. E não estou falando dos roqueiros, não é preciso ser roqueiro pra entender essa história, porque ela é sobre amizade. A questão é que Wood se fecha em um mundo paralelo, onde vivem as pessoas desajustadas, os perdedores, os sem-norte, os adolescentes em formação, os ... descolados e sua turma! Ele próprio, pelo que eu já percebi, é um escritor confuso, que dá declarações dramáticas sobre sua situação profissional. Daí seu universo ser o dos neuróticos do dia a dia. Mas e se você não for, ou não querer ser, um desses pulhas? Você vai olhar pra Local, e pra diversas HQs parecidas, e dizer "e daí?".
E daí se Megan tá de bode com a vida, com os hábitos dos novos amigos, o empreguinho e a cidade? E daí se ela tem dificuldades pra fazer as coisas que 95% das outras pessoas fazem com toda a facilidade do mundo? E daí se ela tem uma fixação em coisas que poucos pensam e que você nunca pensou? Isso é importante pra mim? O que eu tenho a ver? Isso é enriquecedor, posso compreender mais de mim a partir dessa história? A resposta é não. A história contada por Wood é em parte autocomiseração pura. Pouco ou nada vai me enriquecer, me trazer conhecimento. Ela me consola. E é só.
Local é o tipo de HQ que representa o ponto máximo que uma história pode chegar em termos de realismo. São dramas reais, histórias que poderiam acontecer com qualquier garota dessa idade que viva em lugares parecidos, com pessoas parecidas. Então é realmente adorável saber que alguém lá no país mais desenvolvido do mundo passa pelos mesmos dramas que eu ou você podemos passar aqui ou em outros lugares, isso é realmente muito interessante, mas esse realismo não passa de um consolo.
Isso nos dá um certo alívio da sensação de isolamento que todo ser humano sente naturalmente quando passa por problemas. Mas como a música rock a qual Brian Wood está ligado, que ele cita em todos os capítulos - e que, não por coincidência, também é chamada de "alternativa"- é uma música que destila o sofrimento do artista e se destina só a isso, unicamente consolando o ouvinte, você vai ler essa HQ pra se sentir aceito por sí mesmo, não pra se conhecer mais e, possivelmente, ver coisas que não estão em você e ao seu redor e, talvez, mudar.
O que existe em Local, e não é na HQ em sí mesma, mas em todo este gênero de quadrinhos, que me incomoda, é uma forma perversa de reducionismo. Sempre acreditei que os quadrinhos, ou qualquer forma de arte, poderiam trazer um pouco mais do que o mero sub-rés do chão da vida humana. Quando comecei a ler HQs, desejava conquistar o mundo no espaço entre um quadro e outro e o universo ao virar da página. Eu tinha oito anos. Tava me lixando pros problemas da vida comum.
Mas agora, a mídia que tanto amo, parece que se vê presa ao pequeno, ao pueril, ao fugaz. Os problemas de Megan são aqueles que você vai passar uma vez na vida e depois superar. Focar toda nossa produção de quadrinhos em coisas do tipo é como visitar um país e tirar uma foto do quarto de hotel, e nada mais.
Sei que isso deriva de um conceito de arte, talvez de uma inclinação pessoal do artista, ou talvez eu esteja me referindo apenas a minha experiência, porém, tenho lido muitos quadrinhos desse tipo e noto que, em decorrência de sua ampla aceitação, acontece uma certa subestimação do potencial das HQs, e isso é o que me preocupa. No momento em que o umbigo do artista, ou a conversa do umbigo do artista com o umbigo do leitor, é mais importante, todo o mundo se reduz a um espaço pequeno que só a eles pertence e todo um universo se perde, toda uma conquista deixa de existir.
Os dramas de Megan McKeenan mostrados por Brian Wood e Ryan Kelly em Local seriam muito mais interessantes se em vez de ela viajar por cidades humanas e solitárias, ela vagasse pelo espaço infinito que os quadrinhos proporcionam, entre aventureiros mascarados, detetives, guerreiros interestelares, super-heróis e conquistadores, como era antigamente. Senão, perante tanta mediocridade cotidiana, tudo que tenho a dizer é: e daí?
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3 Comentários:
Tavares, nessa situação, limitar a mídia "Quadrinhos" ao fantástico também é um problema.
Particularmente, o gênero realista não é suficientemente interessante para você, isso eu entendi, mas não deixa de ser interessante um quadrinho com esse tema existir, pois existem pessoas que se identificam com temas tratados por esses tipos quadrinhos. E o quanto mais pessoas interessadas em quadrinhos, mais essa mídia pode evoluir.
O que quero dizer é que as histórias sobre cotidiano já expandiram essa mídia.
HOje, essas histórias estão a limitá-la.
Eu não li "Local", até busquei forças para me motivar a comprá-lo, a qualidade gráfica me chamou atenção, mas não me interessei pelo tema, o desenho até passava, mas pagar pelo seu preço é desvalorizar meu difícil dinheiro conquistado trabalhando.
Posso estar falando besteira, mas mesmo dentro do realismo que "Local" aparenta ter, seria interessante dosarem com um pouco de experimentação (história e/ou desenho), o que alguns outros quadrinistas fazem muito bem, adaptando um tema realista, em momentos até biográfico em um universo distinto do nosso realismo cotidiano.
Considero a sua crítica e lê-la me fez confirmar que comprar/ler "Local" não seja realmente uma prioridade para o momento.
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